O ruim disso tudo é você sempre tentar relembrar exatamente as coisas aconteceram e pô-las no papel. É nessas horas que me dou conta de quanto sou infeliz por tentar viver reavendo minhas lembranças. Pobre do escritor que vive delas, pois a escrita mais dolorosa é a que pode ser realizada enquanto ainda existe dentro da cabeça e do coração do poeta. Em seguida ela morre, como qualquer outra coisa que antes era viva. Viver de lembranças é viver algo que não é mais seu, algo que não é poeta, é, somente, egocentrismo. Mas acho que não seríamos muita coisa sem ele também.
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