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25 de abril de 2011

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A verdade é que nunca existe hora certa para se conhecer certezas, pois elas não servem para a vida. A vida é dúvida, é um pode ser.  Sinto-me explodir por dentro de tanto querer amar. Doce ruína dos homens. O único porquê.  Sou especialista em viver, vivo em refluxo, em correnteza. Do momento presente que já é passado. Amanhã vou acordar e sentirei as mesmas coisas, talvez um pouco mais longe ou um pouco mais perto. 

Agora sinto a alegria de não saber quem sou,desconexo.  Apenas sei o que faço, e ainda assim faço errado. Nasci torta. Sou meu próprio ponto de interrogação, curva e duvidosa. Sou pergunta sem resposta. Não existe ser e não ser, apenas ser. O não ser me era antes de nascer, a morte continua sendo, é um outro lado, é outro objeto, adjetivo e substantivo. 

12 de abril de 2011

Escrever

Eu sempre escrevi.

Desde antes de aprender a nascer e de desenhar palavras. Desde o começo eram as tentativas de passar sentimentos para outro espaço, algo físico, imaginando que um dia, eles cobrariam forma, cor e sabores. 

Uma outra dimensão, um outro sentido, uma outra vida quiçá.
Escrever é como passar para um outro lado, sentir com outras partes e que essas partes te cutuquem, te provoquem, incomodem. 

Escrever não significa ser escritor. Escritor é quem faz das letras sua fonte, sua rotina. Minha escrita é abrupta, entra no meio de quem sou. Me atrapalha, me degrada e agrada. 

Minha escrita está longe de mostrar o que sou, e quem eu sou completamente..para isso, o único que posso fazer é....imaginar.