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14 de maio de 2008

No final ele fala, e eu calo.

Eu deitada no sofá. Quase 5h quando ele entra à porta. Abro os olhos mas na verdade os queria fechados, sem ele comigo. Sinto cheiro de noite em todo seu corpo. Olho em volta e em direção a dele. Levanto querendo que saia uma palavra minha e dele o silêncio. No final ele fala, e eu calo. Não o entendo, me torno indiferente, e isso sempre o enfureceu. Gosto da raiva, ela revela da maneira mais dura a melhor e a pior parte do homem. Ela é direta, imbatível, sincera. E a dor que ela causa consegue ser maior do que qualquer palavra de amor, qualquer carinho, por mais virtuoso que se queira.

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