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1 de maio de 2011

Cotidiano

Tenho uma incrível dificuldade de pôr para fora os pensamentos que são novos e nascem. Me calo e por isso acreditam que sou alguém desatenta. Busco apenas sentir da melhor maneira possível, e tentar assim, passar o máximo de sinceridade das coisas que me são. Sou ingênua demais quanto a momentos compartilhados. Há esperança demais, e com ela, decepções demais. 

Quis me acostumar com a solidão e agora não sei como fazer dela algo que não é meu, é já minha companheira e quase melhor amiga.  É ela quem procuro quando me sinto acuada, frágil em tentar ser alguma coisa. Não deveria ser o contrário? Deveria querer um abraço seu, algumas poucas palavras simples e pronto, fomos felizes. Mas o mundo me joga contra coisas ásperas, duras de se sentir, inabaláveis. Não me acostumei a dividir momentos, e com isso acabei falhando no que queríamos ser juntos. 

Inquieta, respiração, deito a cabeça nos joelhos, sem pensar, pois não preciso disso por enquanto, quero algo mais que sonhar, algo paralelo ao amar, mãos dadas, passeios sem rumo. Apenas sentir o momento me basta. Saber que me doem tantas coisas e que ainda assim, fui escolher compartilhar tudo isso. Desculpe pelos momentos em mim mesma, egoístas e distantes; pelos instantes em que você, cansado, me pergunta coisas sem ter respostas minhas. Queria que soubesse que se assim o faço é por saber que existem momentos em que as palavras nascem, momentos inexatos, de não saber o que se é nem a que veio, mas sei estão lá, guardadas em alguma célula. E elas sairão...quando enfim os silêncios se combinem.

6 comentários:

YORYI GEORGE, (o imaginate como es mi Mundo, si pudieras ver a traves de mis ojos... Probalo, no te vas a arrepentir...) disse...

Linda Ana... Palavras muito bonitas !!!! e Voce sabe: Eu sempre estou!!! Bjaoooooooooo, Jorge

Ana Harff disse...

obrigada pelo carinho Jorge!

Affonso Henrique disse...

Nina, vc está cada dia melhor. ou um grande admirador de seus textos. De grande significado, apaixonados e vêem do fundo d'alma. Simplesmente lindos. Parabéns!

Sr.Werneck disse...

E tem como não ser fan de uma escritora como essa?
Saudades de vc Nina!
E como sempre adorei o texto, só achei muito triste! Volta pra Natal que mataremos essa solidão!
TE AMO coisa chata

Ana Harff disse...

Mas se eu voltar vou começar a ficar mais feliz e aí já viu, adeus Ana escrevendo...afinal, com já diziam: "a poesia nasce da tristeza, a felicidade é um fim em si mesmo". Noffa, como eu estou filósofa.... saudades de você também Luiz!!! Demais!

Sr.Werneck disse...

Preferível ser um feliz moribundo sem inspiração, do que um triste intelectual inspirado!

VOOOOLTA NINA