Tenho uma incrível dificuldade de pôr para fora os pensamentos que são novos e nascem. Me calo e por isso acreditam que sou alguém desatenta. Busco apenas sentir da melhor maneira possível, e tentar assim, passar o máximo de sinceridade das coisas que me são. Sou ingênua demais quanto a momentos compartilhados. Há esperança demais, e com ela, decepções demais.
Quis me acostumar com a solidão e agora não sei como fazer dela algo que não é meu, é já minha companheira e quase melhor amiga. É ela quem procuro quando me sinto acuada, frágil em tentar ser alguma coisa. Não deveria ser o contrário? Deveria querer um abraço seu, algumas poucas palavras simples e pronto, fomos felizes. Mas o mundo me joga contra coisas ásperas, duras de se sentir, inabaláveis. Não me acostumei a dividir momentos, e com isso acabei falhando no que queríamos ser juntos.
Inquieta, respiração, deito a cabeça nos joelhos, sem pensar, pois não preciso disso por enquanto, quero algo mais que sonhar, algo paralelo ao amar, mãos dadas, passeios sem rumo. Apenas sentir o momento me basta. Saber que me doem tantas coisas e que ainda assim, fui escolher compartilhar tudo isso. Desculpe pelos momentos em mim mesma, egoístas e distantes; pelos instantes em que você, cansado, me pergunta coisas sem ter respostas minhas. Queria que soubesse que se assim o faço é por saber que existem momentos em que as palavras nascem, momentos inexatos, de não saber o que se é nem a que veio, mas sei estão lá, guardadas em alguma célula. E elas sairão...quando enfim os silêncios se combinem.
6 comentários:
Linda Ana... Palavras muito bonitas !!!! e Voce sabe: Eu sempre estou!!! Bjaoooooooooo, Jorge
obrigada pelo carinho Jorge!
Nina, vc está cada dia melhor. ou um grande admirador de seus textos. De grande significado, apaixonados e vêem do fundo d'alma. Simplesmente lindos. Parabéns!
E tem como não ser fan de uma escritora como essa?
Saudades de vc Nina!
E como sempre adorei o texto, só achei muito triste! Volta pra Natal que mataremos essa solidão!
TE AMO coisa chata
Mas se eu voltar vou começar a ficar mais feliz e aí já viu, adeus Ana escrevendo...afinal, com já diziam: "a poesia nasce da tristeza, a felicidade é um fim em si mesmo". Noffa, como eu estou filósofa.... saudades de você também Luiz!!! Demais!
Preferível ser um feliz moribundo sem inspiração, do que um triste intelectual inspirado!
VOOOOLTA NINA
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